domingo, 7 de novembro de 2010
Saudade
Abre os braços sobre a rocha ...enlaçada pela brisa da estação chuvosa..o vento acaricia a nuca, abraça a cintura e tempera a boca...
As estrelas desceram pra respirar as flores e de braços abertos sente da outra ponta a força que projeta o corpo ao sonhos e às ideias que voam perdidas...livres...perdidamente livres em novos horizontes.
O cheiro penetra sem muita força por parte dela e a domina por completo, todo o lugar em seus pulmões e o vento a levando... teme abrir os olhos e perder o cerrado, perder o cheiro, perder o brilho...
O eu tomado pelas preces, divagações e cheiro, todo o cheiro do cerrrado...
Respira profundamente a fim de guardar na memória mais escondida, mas ele se solta, o vácuo toma conta do entorno e pesa sobre o seu corpo, a testa franze e os olhos se abrem em frente a árvore que brilha...
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