quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Divagações longínquas das palavras ausentes: distância

A distância faz brotar e mostra coisas extremamente profundas das pessoas... e pra elas mesmas.
Algo que ocupe a ausência de olhos e o próprio se sentir observado.
É o oposto do ato do encontro quando a sensação é de conhecer e não conhecer simultaneamente, visto a dificuldade de sustentar o eu profundo para si e para o outro diante do que vai se alongando...
...Questiona-se: E se ocorresse de maneiras "normais"?...
O sonho é o viver profundo e intenso, é maravilhoso, pura poesia...eis que se debate na realidade...Disssstâaaaaaannnncciiiaaaaaaaa...
Tende-se a racionalizar deixando toda aquela primeira sensação em segundo plano, funcional para o eu profundo, mas desencaixado da realidade...
Distância lembra desconhecido e, diante do desconhecido, das possibilidades de fracasso, vitórias e incertezas, a desistência é a única certeza, começo , meio e fim conhecidos...
Finda o sonho, o encontro, as possibilidades e as possíveis e temidas "Coisas Ruins".
O eterno medo da humanidade a levando para seu "labirinto da solidão". E, por mais que se veja tudo isso, já se está dentro de labirintos, teimando em ficar acordado sem perceber que o sonho é a mais pura realidade e convencendo-se de que não é real, possível, eterno... talvez distante e...ainda sim... coletivo!

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