sexta-feira, 29 de abril de 2011

Embaixo aqui de cima

Olhos abertos!
Braço, parte do travesseiro, parede, janela, teto, pontas dos pés, dois pés.
Suspiro longo e finalmente ereto, cérebro funcionando, pensando, matutando.
Dois pés, apenas dois, láaaaa embaixo distante de todo o resto mantendo-o em pé, como a bicicleta, a motocicleta, dois e apenas dois láaaaa embaixo.
Como não cair? Como não tropeçar tendo os demais sentidos tão distantes da base?
Estar em pé era realmente algo inacreditavelmente difícil, andar pelas pessoas, atravessar as ruas, dançar!!!???
A razão, só poderia ser a razão!
Que outra coisa manteria vivo um ser tão frágil? Quadrúpedes não tropeçam!!! Se lembraria com certeza de uma cena dessas...
Quadrúpedes não caem, ou perdem o equilíbrio...Seguros. Sensação de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas. Contínuo, confiável.
Percepção de incerteza sobre qual é a melhor opção, indecisões e opiniões de terceiros, o que é ideal, vai dar certo...
Nada disso aproxima os pés, dois lá embaixo, apenas dois como rodas, como podem parar em pé? Não sem a física, sem a in(segurança)...
Porta, parede, chão, frio... de quatro e seguro!!!!